domingo, 15 de julho de 2007

O primeiro milagre de Jesus

O evangelista João, para mostrar que Jesus era o Filho de Deus (João 20:30-31) e que merecia nossa fé, inaugura o ministério público de Jesus com um milagre, o qual testemunhou como o primeiro de seu trabalho (João 2:1-11).
Foi em uma festa de casamento, em uma dada hora o vinho acabou, e sua mãe, Maria, recorreu a ele para ver se ele poderia fazer alguma coisa à respeito.
Pra gente entender melhor a circustância desse milagre, é bom a gente entender que a partir do momento que uma menina nascia em uma família, o pai já começava a preparar seu casamento, desde então começava a guardar vinho em casa para o grande dia, como a festa do casamento durava vários dias, o pai liberava o vinho mais antigo nos primeiros dias e ia liberando os mais recentes quando os convidados não conseguiriam mais distinguir um sabor do outro. Por causa dessa preparação, a falta de vinho poderia sinalizar um pai irresponsável em não mensurar a festa que sua filha teria e não se preparar o suficente para este dia, além disso, a noiva seria falada nas fofocas (esse negócio é realmente muito antigo) como a mulher que faltou vinho na festa dela.
Parece que o sentido prático do primeiro milagre de Jesus está em livrar os amigos de pagar um enorme mico, interessante notar que a primeira manifestação sobrenatural de Jesus não estava em salvar a vida de alguém, mas tirar amigos da vergonha. Primeiro sinal de que não precisamos segregar nossas preocupações em coisas mais nobres que Deus poderia participar e coisas menos nobres que eu mesmo me viro.
Outra coisa interessante foi ver que Jesus pegou a água cerimonial para torná-la em vinho, praticamente ele tomou um símbolo religioso e o utilizou para promover mais festa para os convidados, outro sinal de que a perspectiva de Jesus estava longe de separar o que era religioso e o que não era.
Bom sinal para se perguntar se todos os esforços que se fazem para definir o que é sacro e o que não é vieram de Jesus, a vida é sagrada para Jesus e tudo o que há nela é foco do que podemos dividir com Deus na nossa caminhada.